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Chapter 14: Aos 7 Reinos



Em Porto Real, uma cidade vibra com os ecossistemas de uma crise iminente. O reino estava à beira do colapso, e o peso das famílias pesava ainda mais nos corações de seus governantes. Cersei Lannister, rainha consorte e matriarca dos filhos do rei, parecia imperar com um sorriso de aço, mas dentro de seus aposentos, uma ansiedade se espalhava como uma febre.

O rei Robert Baratheon, em seus últimos dias de vigor, perdeu com os fantasmas do passado. A guerra travada nos campos do Sul e a pressão constante de seus próprios erros ou desgaste desgastado, mas o maior peso era de sua própria família. Ele sabia que Cersei e seus filhos haviam sido manipulados e traídos, que o futuro de sua linhagem estava em risco. Mas a raiva de Robert não era apenas contra a rainha; era contra si mesmo, por ter sido cego durante tanto tempo.

No momento em que a escuridão do inverno começava a envolver o reino, o destino da Casa Lannister seria selado em um evento que marcaria uma história para sempre.

A morte de Cersei e seus filhos não foi uma decisão tomada de ânimo leve. Robert estava ciente das consequências, mas o ressentimento finalmente transbordou. O golpe final foi dado em um banquete, uma ocasião que deveria celebrar a união da família real. Robert, o rei imponente, parecia ter encontrado a força para finalmente confrontar sua esposa e os filhos que ela trazia ao mundo. Durante a refeição, no auge do desgosto e da traição que lhe foi imposta, ele tentou aos guardas que as matassem.

Cersei, apesar de sua fama de manipuladora, não teve tempo para reagir positivamente. Quando as lâminas dos guardas desceram sobre ela e seus filhos, o choque foi absoluto. Os gritos ecoaram pelos corredores de Porto Real, mas o rei, em um ato desesperado de controle, não olhou para trás. Ele sabia que a morte deles não queria paz, mas ao menos parecia ser o fim de um ciclo de desconfiança e mentiras.

Com a morte de Cersei, Joffrey, Myrcella e Tommen, os filhos que tiveram frutos de sua união com Robert, as pedras de um império estavam prestes a cair. O futuro de Porto Real parecia incerto, e uma era de incertezas começava. O Trono de Ferro, que havia sido garantido pela força de Robert Baratheon, agora parecia uma sombra vazia, aguardando um novo herdeiro, alguém que pudesse restaurar a ordem, ou talvez apenas se entregar ao caos que se aproxima.

O próprio Robert, em sua fúria, sabia que a morte de sua família traria mais do que vingança: traria uma luta por poder. Agora, o rei se via obrigado a confrontar as realidades de seu reinado, que estavam prestes a ser redefinidas por aqueles que sobreviveram ao massacre de sua própria casa.

 

Com a morte de Cersei e seus filhos, a atmosfera de Porto Real estava imersa em tensão. Robert Baratheon, apesar de seu desgaste físico e mental, tomou uma decisão clara: não deixaria o reinado da sua família ser abalado sem que todos soubessem a verdade. Em um gesto de poder e vingança, ele ordenou que o pequeno conselho enviasse uma carta a todos os sete reinos, denunciando a traição de Cersei Lannister e de seu irmão, Sor Jaime.

A carta foi redigida com uma precisão fria, um golpe direto ao coração da Casa Lannister. O pequeno conselho, sob ordens do rei, se reuniu rapidamente para definir a melhor forma de anunciar o escândalo. Varys, o mestre dos sussurros, estava presente, seus olhos atentos a cada palavra. Petyr Baelish, sempre em busca de poder, apenas observava, um sorriso sutil dançando em seus lábios. Ned Stark, mesmo em sua prisão no Norte, fora informado sobre os detalhes, seus olhos carregados de dúvidas, mas também de uma tristeza silenciosa. O ato de Robert não apenas revelaria a traição de sua esposa, mas também reabriria velhas feridas políticas, afetando o equilíbrio de poder entre as casas.

Carta de Sua Majestade, Robert Baratheon, Rei dos Ándalos, Rhoynar e Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos:

"Que a verdade nunca se desvie do caminho da justiça. É com grande pesar, mas também com um coração decidido, que compartilho com os senhores de todos os reinos uma revelação que não pode mais ser ignorada. A mulher que jurou amor e fidelidade a este trono, minha esposa, a Rainha Cersei Lannister, cometeu uma traição que não pode ser perdoada, nem sequer lembrada.

Por muitos anos, ela escondeu o mais sombrio dos segredos: seus filhos, aqueles que, sob a promessa de sua linhagem, ocuparam o Trono de Ferro, não foram frutos de minha semente, mas do incesto com seu próprio irmão, Sor Jaime Lannister. Este é um ato de traição não apenas à minha pessoa, mas à própria honra de nossa casa e ao reino.

Essa conspiração manchou a dignidade da coroa e ameaçou a estabilidade de todos os Sete Reinos. Para aqueles que duvidam da veracidade desta declaração, que o Deus Afogado e o Senhor das Sombras sejam testemunhas de nossa dor. Como Rei, é meu dever restaurar a honra da coroa e garantir que a verdade seja conhecida por todos.

Portanto, proclamo que Cersei Lannister e seus filhos estão destituídos de sua posição, e que sua traição será julgada de acordo com os direitos e deveres de nosso reino. Aqueles que juram lealdade ao Trono de Ferro devem se lembrar de que a traição nunca prospera, e que a verdadeira força de um reino reside na verdade e na justiça.

Que todos os senhores do reino saibam o que se passa em nossas terras e que a Casa Lannister pague por seus pecados."

Robert Baratheon, Rei dos Sete Reinos.

A carta foi enviada para todos os cantos do reino, carregando consigo o peso da desgraça e a promessa de um novo capítulo de tumulto. As reações foram imediatas e intensas. Enquanto no Norte, os Starks se preparavam para a guerra, no Sul, as casas mais poderosas começavam a ponderar suas alianças. As traições de Cersei e Jaime não eram apenas uma questão de honra pessoal de Robert; eram um desafio ao próprio Trono de Ferro.

Em Porto Real, a cidade murmurava. Os soldados e cortesãos que ainda leais ao rei temiam as repercussões, enquanto os aliados de Cersei, os Lannisters, estavam em crise, com muitos tentando entender se a morte da rainha significava a ascensão ou a queda de sua casa. E, claro, a busca por um novo herdeiro se tornava mais urgente, com rumores e especulações sobre quem poderia herdar o trono.

O reino estava à beira de um novo conflito, um conflito que se espalharia por todos os Sete Reinos, enquanto o Trono de Ferro, mais uma vez, ficava marcado por sangue e traição.

Após a carta de Robert ser enviada, o rei sabia que a guerra estava se aproximando e, com a morte de Cersei e seus filhos, ele não podia permitir que a instabilidade se espalhasse por seus reinos sem uma resposta firme. A ordem estava clara: a mobilização das forças militares para garantir que sua posição fosse reforçada, e que sua autoridade como rei fosse reconhecida.

O comando para as Terras da Tempestade e o Vale foi dado.

 

Robert Baratheon convocou seu irmão, Renly Baratheon senhor das Terras da Tempestade, com um comando direto: reunir o exército de 30 mil homens que mantinham leal na Casa Baratheon. Renly Baratheon , sempre meticuloso e firme, recebeu a ordem sem hesitar, sabendo que o apoio de sua casa seria crucial para a preservação do trono. Ele, mais do que qualquer outro, compreende a gravidade da situação. O rei, em sua fúria, queria que todos os guerreiros da Tempestade se reunissem imediatamente e se preparassem para marchar. A presença de Renly Baratheon nas Terras da Tempestade não só garantiu uma resposta forte contra qualquer ameaça interna, mas também foi uma demonstração de poder, mostrando ao reino que a Casa Baratheon não seria desafiada com impunidade.

 

Enquanto isso, em Porto Real, Robert invejou outro decreto a sua Mão do Rei, Jon Arryn , que estava em busca de apoio entre as casas do Vale. Jon Arryn, como Mão, detinha grande autoridade, mas também era um homem de prudência e cautela. Sua missão era reunir os soldados das casas do Vale para formar um exército de 45 mil homens. O Vale era uma região de fortalezas imponentes e guerreiros respeitados, e Jon Arryn sabia que seu apoio era imprescindível. Ele partiria imediatamente para a Vale, onde se reuniria com os senhores locais para garantir a união de suas forças sob a bandeira de Robert Baratheon.

 

Jon Arryn, ainda abalado pela traição de sua esposa, teve de fazer um esforço enorme para convencer os senhores do Vale de que agora era o momento de se unir ao Trono de Ferro. Alguns questionaram a legitimidade de Robert após a morte de Cersei, mas a pressão de garantir a ordem e a estabilidade no reino, especialmente após a divulgação da traição, os convenceram a mobilizar suas tropas.

O movimento estava em marcha.

 

As ordens de Robert não eram apenas um reflexo da urgência que sentia para proteger o reino, mas também um sinal claro de que a casa Baratheon se preparava para a guerra. Stannis e Jon Arryn, com seus exércitos em movimento, não apenas enviariam um exército específico, mas também fortaleceriam o apoio ao Trono de Ferro em momentos de extrema vulnerabilidade.

 

Enquanto isso, as respostas nas outras partes dos Sete Reinos não demoraram a chegar. As Casas Lannister, principalmente, começaram a se organizar para responder ao que consideravam uma provocação direta. O confronto era iminente. A mobilização de forças, tanto do Norte quanto do Sul, só alimentou a expectativa de que um novo capítulo de conflito estava prestes a começar.

 

Robert, em seu isolamento e desespero, sabia que os próximos dias seriam decisivos. Ele não poderia mais esperar para agir, e a guerra, agora, não era apenas sobre a Casa Lannister, mas sobre o próprio futuro do Trono de Ferro.

Com o plano de Robert em movimento, a situação em todo o reino se acelerou. Dois irmãos Baratheon, Stannis e Renly, além de Jon Arryn, desempenharam papéis essenciais na resposta de Robert à crise que se espalhava pelas terras.

 

Renly Baratheon, o Lorde da Ponta Tempestante , sempre o mais carismático dos Baratheon, não hesitou em reunir seus homens assim que soubesse da gravidade da situação. Renly, um jovem senhor astuto e determinado, possuía uma força específica no sul, mas sua popularidade era sua arma maior. Muitos dos senhores do sul viam Renly como uma figura mais acessível e mais capaz de unir o reino. Apesar de sua juventude, ele era respeitado e tinha um forte exército sob seu comando, oriundo das terras ao redor da Ponta Tempestante. Ele especifica os seus 10 mil homens, convocando-os para marchar em direção a Porto Real. Renly sabia que, em tempos de crise, sua habilidade para reunir os nobres e seus soldados poderia ser crucial.

 

Renly tinha uma vantagem sobre seus irmãos Stannis e Robert. Sua abordagem era mais diplomática e menos impetuosa, o que o tornava mais popular entre as casas do sul. Ele conseguiu conquistar lealdades através de promessas de estabilidade e ameaças, algo que Robert, com seu temperamento explosivo, não conseguiu fazer. Ao reunir seus homens, Renly também tem inveja de mensageiros para casas menores, buscando garantir apoio, não só por obrigações, mas por sua habilidade de seduzir e unificar aqueles que desejavam um futuro promissor no reino.

 

Enquanto isso, Jon Arryn , Mão do Rei, já havia sido enviado por Robert para reunir o exército do Vale. Jon Arryn, o Lorde do Vale, sabia que a estabilidade do reino dependia da aliança de sua casa. Sua posição como Mão do Rei o tornou um ator central nos acontecimentos, e ele sabia que, ao reunir suas forças, ele também consolidaria o poder de Robert Baratheon em uma das regiões mais ricas e bem defendidas dos Sete Reinos. Jon Arryn invejou suas ordens e logo as tropas do Vale se mobilizaram. O Vale, com seus 45 mil homens, estava pronto para se alinhar ao Trono de Ferro, mas havia uma tensão silenciosa entre os senhores do Vale. Alguns questionaram a verdadeira força do rei Robert após a morte de Cersei e o escândalo envolvendo sua traição. A dúvida estava presente, mas Jon Arryn, com sua habilidade diplomática, conseguiu manter a coesão entre os senhores do Vale.

 

Jon Arryn passa por uma crise com um senso de responsabilidade pesado. Ele sabia que a vitória de Robert, ou de qualquer outro pretendente, dependia da união de suas forças. Assim, ele se deslocou com rapidez para as terras do Vale, onde convocou os senhores de suas regiões para se apresentarem com suas tropas. As fortalezas do Vale, com suas muralhas imponentes e guerrilheiros experientes, garantem que a força militar do Vale seria um dos maiores exércitos reunidos sob o comando de Jon.

As linhas estavam sendo traçadas.

 

Enquanto Renly e Jon Arryn mobilizavam suas forças, a pressão sobre o Trono de Ferro se intensificava. Robert, em Porto Real, sabia que sua autoridade seria questionada por muitos, mas a força dos exércitos do Vale e das Terras da Tempestade, com o apoio de Renly, Stannis e Jon, dava-lhe uma chance real de consolidar sua posição, mesmo que por meio do sangue.

Porém, com o exército do Norte se preparando para se mover, com a Casa Tyrell e os Lannisters se reorganizando, e com os rumores de rebeldes em outras regiões, a guerra se tornou uma inevitabilidade. O reino estava prestes a ser lançado em um novo ciclo de luta e incerteza, onde lideranças testadas e alianças feitas em momentos de necessidade, não em confiança verdadeira.

A guerra estava chegando, e com ela, o destino de todos os Sete Reinoss.

FIM

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